mofo

mofo is having a massage [ mofo is getting a massage and will return soon ]


Kimmo Pohjonen (Coimbra)

KlusterManninenCar

Talvez venha a tornar-se um daqueles casos de amor tão típicos neste país: um acordeão diatónico, um sampler e um jogo de luzes herdado do dia da criação. O danado e arrebatador Kimmo Pohjonen está de volta. A primeira paragem é Coimbra, no dia 1 de Dezembro (nos dias seguintes toca em Lisboa e Famalicão).
Kimmo Pohjonen vem com Samuli Kosminen (dos Müm), habitual cúmplice em disco e nos palcos, (re)apresentar o álbum "Kluster", que muito eufemisticamente pode ser descrito como uma implosão de sons esventrados à raiz da folk finlandesa à conta de um (estranhíssimo) tratamento digital que nem por um segundo dulcifica a música.
Pohjonen é um dos mais importantes músicos da nossa época. Os concertos fogem por completo às convenções daquilo a que um dia chamaram pop.

Um emaranhado helenístico de citações (1/7)

JPP in FRAGMENTOS DE UMA CARTA SOBRE A CULTURA, Risco 2, Lisboa, 1985.

A tua cultura é minha inimiga.
É insopurtável viver numa sociedade impregnada de cultura. Acabaram assim com a inocência da sensibilidade, já não se gosta como acto do ser - intimo, discreto e silencioso-, mas sim como acto de referência a uma cultura espectacular cheia de modas e bordados, de passado, presente e futuro, de textos, sinais e falas.
Toda a gente sabe o que se lê, o que se vê, a indústria da cultura propõe-nos objectos frente aos quais devemos determinar-nos. Já não há discrição no gosto.
Não posso nem com o Expresso-revista, nem com as performances, nem com os cinemas, os bailados e as exposições. Não há nada de sério aí: apenas o efeito devastador da democratização da cultura nas classes médias, entre os professores de liceu, os empregados bancários, os deputados, os técnicos de computadores, as modistas da alta, os cabeleireiros e os jornalistas.
Estas são as camadas da sociedade que têm a singular virtude de se erguerem como um dique entre as elites e as massas e de estragarem tudo em que tocam. ...

10º FINTA também em OF

papirus

Utilizando basicamente os gestos, a imaginação e o papel, estas duas personagens convidam-nos a participar nos seus sonhos, medos e desejos. Pap e Rus são dois desconhecidos que escondem um terrível passado. Juntos, e com sentido de humor, superarão os seus medos para construir um novo mundo. Um mundo de papel.

Uma peça singular onde o gesto, o humor e a criatividade são protagonistas.

Uma montagem com uma encenação cuidadíssima em todos os seus detalhes. Um espectáculo inevitavelmente actual, carregado de conteúdo, que nos fala da amizade, da guerra, dos medos que nos “empequenam” e do amor que nos engrandece. [ACERT]

D’ aprés Vanhat ja uudet kirkkomme (1/7)

O comboio parou em Oliveira de Frades. Da janela avistamos a estação, igualmente triste como todas as outras. Estamos perante uma população igual às demais, nem pior, nem melhor do que qualquer outra comunidade rural portuguesa.
Mas, há algo que fixa o nosso olhar: sim, são duas igrejas. A primeira está construída a caminho de um outeiro, num sítio plano e com oliveiras, é pequena, simples e antiga. A segunda num terreno plano sem oliveiras nem pinheiros, é grande e simples, mas é nova. [continua]

No processo camarário apenas consta um diploma no sentido de transformar a casa do Sr. Laranjeira em Pensão, assinado pelo presidente da Câmara, Dr. Arménio Maia, em 1946. Das transformações registadas, apenas uma caiação em 1962 (há anos que a casa não sabe o que é uma demão de tinta), e uma ampliação para a casa do motor em 1976. Ainda assim, as poucas referências encontradas permitem-lhe um encanto, que, mais do que à arquitectura, fica a dever-se ao mistério que envolve os seus actuais proprietários.
As inundações assumem agora aspectos de catástrofe. As torneiras fazem escorrer a água pelo soalho infiltrando-se nas paredes. Os quartos são semelhantes a casernas abandonadas durante uma operação militar, a atmosfera estagnada, a tinta envelhecida, o cheiro a nafta e a humidade consomem o espírito. “Aqui tudo tem claridade suficiente e a deliciosa obscuridade da harmonia. Um odor infinitésimal do mais delicado gosto, a que se mistura uma certa humidade muito ligeira.” Aqui respira-se o mofo da desolação e o isolamento dos quadros de Hopper, através das ruas e bares, teatros e hotéis. Para ele, a cidade, apesar da multidão significa solidão, tema central da sua obra e de Hotel by a Railroad de 1952.

Portugal (2/7)

EPABOSTERSITE

Uma espécie de Arquitectura (4/7)

"A Madeira é muito provavelmente, hoje, um lugar "único" no mundo. É, com toda a certeza, exemplar em Portugal, funcionando como uma espécie de pré-visualização futurante do país. Em termos de ocupação do território, a Madeira está a criar um ciclo (novo) de hiper-realismo português. "...
..."Num tecido onde a arquitectura é uma espécie de refeição frugal, ainda que envolta numa pele "cosmopolita", há espaço para outras densidades."

Ana Vaz Milheiro, Rochedo Alto, Público 06 de Novembro de 2004.

madeira




A Imagem Parabólica da Espiral ... (5/7)

As letras enfáticas na fachada da Pensão indicavam um mundo em que se podia confiar, dando a ilusão de um cosmopolitismo a quem viajava por estas paragens. Por ali passavam políticos, aristocratas, artistas, padres e exilados da II Guerra Mundial, exemplos de modernidade que encontraram neste edifício um lugar neutro, com um ar distante, que o faz permanecer imperturbável até aos nossos dias.
Hoje, é um daqueles casos em que não se percebe muito bem se é o edifício ou o sítio que confere consistência ao conjunto. A Pensão ocupa a quase totalidade de um talhão onde resta algum espaço para jardim, à frente, e para as couves, atrás. Aqui existe uma fachada estranha e fria, projectada pela tranquilidade da fachada urbana, quase sem autor, suavemente acrescentada e mantida ao longo do século XX. É um exemplo do que resta no mundo cada vez mais normalizado dos estabelecimentos hoteleiros.

Uma espécie de Arquitectura (3/7)

"Esta Patrícia, portanto, não gosta de suburbanos; já vimos também que não gosta de urbanos; do que ela gosta, mesmo, é de estar sózinha, "isolada" da cidade, numa espécie de redoma, em "conforto, tranquilidade e segurança". Esclarecedor."

Manuel Graça Dias in Urbano, suburbano e antiurbano, Expresso 20.11.04

mgd

Uma espécie de Arquitectura ( 2/7)

"Até ao fim da década de 80, o mundo editorial da arquitectura manteve-se aparentemente pluralista sem deixar de ser ideológico, e cada editor nutria o que então se denominava de tendência. Em torno deste, os críticos funcionavam como uma espécie de managers para determinados arquitectos, divulgando os seus percursos e projectos, dedicando-lhes textos monográficos."

Grande, Nuno, A crítica como instrumento, DARQ/FCTUC, Coimbra, 2002

Evora

Uma espécie de Arquitectura (1/7)

"O bairro Gallaratese são muitas cidades sintetizadas numa só banda residencial, uma hiperbolização das convenções da arquitectura, uma história sublimada por um apelo já nostálgico, ainda moderno. O Gallaratese garante uma espécie de ascese através da repetição melancólica, poética, de temas, cujo fio condutor é a inclinação autobiográfica do autor."
"Figueira, Jorge, A NOITE EM ARQUITECTURA in http://homelessmonalisa.darq.uc.pt/


Gallaratese Posted by Hello

OF (2/7)

O Rio é o Vouga e a ponte foi a segunda em Portugal a ser construida inteiramente em Formigão de Cimento Armado. A construção iniciou-se em 10 de Junho de 1907 e ficou concluída em 14 de Setembro de 1908. A primeira ponte, também construida pela Empreitada dos Engenheiros Construtores Moreira e Sá & Malenez já desapareceu do mapa. As 16 Toneladas de Aço e os 60 metros cúbicos da segunda, lançam, através da Engenharia, a História da Arquitectura e da Paisagem do Século XX em Portugal. Para que fique esquecida definitivamente e antes de submergir na albufeira da barragem de Ribeiradio a Ordem dos Arquitectos tem a oportunidade de a registar no Inventário da Arquitectura Portuguesa do Século XX ( IAP XX ).

O tempo faz barragens.

OF (1/7)

ponte luís bandeira

2004 Ponte Luís Bandeira
FOTOGRAFIA: JOÃO ALMEIDA

"The piano has been drinking, not me."

TOM Waits plays at London’s Hammersmith Apollo, on Tuesday, November 23, 2004 - the singer’s first UK concert since his appearances at the same theatre in November 1987. The London show is part of an eight-date European tour that follows the release of Waits’ Real Gone album on Monday, October 4.
The tour - Waits’ first in Europe since 2000 - will also include shows in Germany, Belgium and the Netherlands.
His new touring band features Marc Ribot (guitar), Larry Taylor (bass) and Brain Mantia (drums), the same musicians who also appear on Real Gone, which has been written and produced by Tom Waits and Kathleen Brennan, his longtime collaborator.
The 15-track CD unveils Waits’ new musical hybrid, crafted from primal blues, Jamaican rock-steady grooves, African and Latin rhythms and melodies and what Waits calls 'cubist funk'.
The album is released on Anti Records.
"What category do I fall under? I've never fallen under a category. I fell underneath a car once, and I haven't been the same since"

Bush Doll

bushdoll

Neste momento o exército norte-americano controla 80 por cento de Falluja. No entanto, o general Johan Sattler do corpo de marines dos EUA considerou que há ainda zonas sob o seu controlo que necessitam de ser “limpas”.

Em 1936, aparece no guia oficial de indústria hoteleira a Pensão Avenida, tendo como única referência a localização em Oliveira de Frades.
Em 1940, no mesmo guia, aparece também pela primeira vez uma referência a outras duas hospedarias, a casa de hóspedes Glória e a hospedaria Ricardo, cada uma com 5 quartos. A Pensão Avenida tinha então nove quartos, o pequeno almoço custava 1$50, o almoço 8$00, o jantar 8$00, a diária mínima 15$00 e a máxima 17$00. Em 1942, os preços mantinham-se iguais aos de 1940.

Portugal (1/7)

Eduardo Elísio Machado Souto de Moura nasceu na cidade do Porto em 1952. Foi estagiário de Álvaro Siza Vieira durante o período de estudante de arquitectura na Escola Superior de Belas Artes do Porto, onde se graduou em 1980 e onde se tornou professor assistente entre 1981 e 1990. É professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto e professor convidado de diversas outras escolas – Geneve, Paris Belleville, Harvard, Dublin, ETH Zurich e Lausanne. Ganhou diversos prémios e concursos, tanto em Portugal como no exterior.

Ontem, foi-lhe atribuído mais um, - ao Estádio do Sporting Clube de Braga - o prémio SECIL.
...
ó Portugal, se fosses só três silabas
de plástico, que era mais barato!

A Imagem Parabólica da Espiral ... (3/7)

Desde a autorização para a construção do caminho de ferro do Vale do Vouga, em 1889, até à abertura à exploração pública do troço entre Ribeiradio e Vouzela, na Linha do Vouga, em 1913, passaram 24 anos. Só 20 anos depois, em 1933, se conclui a Avenida do Ribeiro, da Praça Luís Bandeira à Estação de Caminho de Ferro. É este o contexto, no qual emerge a Pensão.

Hotel by a Railroad 1952

Hotel by a Railroad 1952

Tokyo

« Bonjour. Je voudrais préciser que je préfère les questions d’ordre personnel, indiscrètes même, aux questions techniques. Donc je commence. »

Sophie Calle
[Conférence donnée le 15 novembre 1999 à l’Université de Keio (Tokyo)]

A Imagem Parabólica da Espiral ... (2/7)

A 10 de Outubro de 1882, um acontecimento na história de Lisboa. Demolia-se o Passeio Público para dar origem à Avenida da Liberdade inaugurada em 1886. Pouco depois, iniciaram-se as obras da Estação do Rossio e em 1889 já se atravessava o túnel para Campolide. Ao lado da estação central construíu-se um edifício, para os administradores, da companhia real dos caminhos de ferro. Em 1892 o uso deste edifício foi adequado a um hotel (à imagem de todas as capitais europeias, onde existia um Palace à saída do principal terminal ferroviário). Tinha ainda uma entrada directa da estação para a recepção quando hospedou a lua de mel do Imperador Hiro Hito.

“Em 16 de Fevereiro de 1981, Sophie Calle conseguiu tornar-se criada de quarto por três semanas num hotel de Veneza. Tinha um 4º andar com doze quartos. Para ela a escrita e a fotografia foram instrumentos de precisão que lhe permitiram realizar experiências curiosas em que se empenhou a fundo e com grande seriedade.” 1

1 CALLE, SOPHIE. “ L’ hotel. Ecrit sur l’ image“ . Editions sur l’étoile, 1984.

O' Neill

...

Se não fôssemos nós
quem eram voçês?

Se não fossem voçês
quem éramos nós?

Quem nos lê a nós?
São voçês (e nós...)

Quem vos lê a voçês?
Somos nós (e voçês...)

Tudo fica, pois,
entre nós, entre nós...


  • IGUANA _ uma exposição com mofo
  • www.flickr.com
    This is a Flickr badge showing photos in a set called iguana. Make your own badge here.
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