mofo

mofo is having a massage [ mofo is getting a massage and will return soon ]


seize the day

CINE ACROF

happy new year

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FLIS NATAL

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20 001 visits

Se não fôssemos nós quem eram vocês?
Se não fossem vocês quem éramos nós?
Quem nos lê a nós? São vocês (e nós...)
Quem vos lê a vocês? Somos nós (e vocês...)
Tudo fica, pois, entre nós, entre nós...

...

disk ette

a noite. é o tema do próximo número da mofo. depois ... o abismo.

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Alguma coisa me consome ...

" Hoje em dia, apesar das horas incontáveis que passo online, sinto-me a ficar para trás na curva, em mais ocasiões do que gostaria de admitir. Já não consigo visitar todos os blogues que desejaria, com a atenção necessária. Em vez de ler, é “scan”. A internet chegou a um ponto em que é mais necessária qualidade, do que quantidade. Infelizmente para muitos de nós, em certas áreas, a qualidade é já abundante e é com esse conteúdo que temos de concorrer em busca de leitores atentos.
Se calhar vou ter que parar também um bocado e pensar no que irei fazer a seguir. Vontade de remodelar e seguir numa direcção algo diferente não me falta."

in http://www.sargacal.com/

" Como escrevi um dia, isto não merece grandes anúncios – o Aviz acabou. Não há grandes razões para isso. Simplesmente, não prolonga a sua temporada. E, terminando a sua temporada, sai como chegou – sem ruído. "

in http://aviz.blogspot.com/

" Se os conteúdos são tantas vezes sofríveis a imagem é ainda pior. A nossa blogosfera é feia, em reflexo de uma geral falta de critério e cultura visual. Sei que é perigoso e injusto generalizar, mas que se lixe. Há por certo coisas boas acessíveis aos que decidam mergulhar para lá da superfície, mas a maioria dos blogs portugueses não ostenta qualquer preocupação gráfica ou vontade de fazer um pequeno esforço por tal."

in http://abarrigadeumarquitecto.blogspot.com/

" Sem jeito para lamachices, ou para análises, deixo-vos aquela que é a minha maior preocupação no momento em que a casa fecha a porta: que raio vou eu fazer na segunda-feira?
Obrigado Paulo por teres feito tudo isto acontecer.
Obrigado a todos que estiveram aqui, deste lado e desse lado. O prazer, esse, foi todo meu. "

in http://oacidental.blogspot.com/

... ou, até já.

nota: a porta fica entreaberta. continuem a enviar os vossos comentários, sugestões e, claro, os microfilmes.

Rui Tavares apresenta ...



Traveling Mofo
está dividido em 7 partes. Ao primeiro minuto podemos classificar como o “prefácio”, (0’00’’ a 1’01’’), seguido de uma breve apresentação geral do “espaço” e “tempo”, (1’02’’ a 1’33’’), a introdução/interacção das personagens, (1’34’’ a 2’04’’) e todo o desenvolvimento da acção que se subdivide em duas perspectivas. A do autor/compositor (2’05’’ a 2’36’’), e a do leitor/ouvinte (2’37’’ a 3’08’’). O desenvolvimento termina com um crescendo atingindo o culminar da acção, (3’09’’ a 3’39’’), resolvendo com uma ascensão de acordes sucessivos num longo período de reflexão e introspecção, (3’40’’ a 4’42’’), terminando num final suspenso e indeciso.

O vídeo Traveling Mofo foi uma pós produção baseada nos conflitos da actualidade. Para a sua produção foi feita uma pesquisa prévia de cerca de 200 imagens das quais 78 foram seleccionadas, ordenadas e colocadas minuciosamente com rigor métrico para serem reproduzidas de uma forma interactiva na música com o intento de retratar a realidade actual em termos de conflitos, as consequências e os seus responsáveis.


Rui Tavares 2006

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" todos os dias "

má fama - programa de rádio
entrevista e sessão musical com six organs of admittance

tom waits - orphans

[ ... ] What’s Orphans? I don’t know. Orphans is a dead end kid driving a coffin with big tires across the Ohio River wearing welding goggles and a wife beater with a lit firecracker in his ear. [ ... ]

lie to me - tom waits
video. do album orphans de tom waits. *****

acrof - noite amadora
oliveira de frades
22:00
[ ... ] Nos próximos dias 1 e 2 de Dezembro a Acrof vai abrir de novo a sua

sede, desta vez para vos dar a oportunidade de mostrarem os vossos
talentos, aqueles que nunca tiveram coragem, ou que entäo nunca
tiveram sequer oportunidade, de mostrar. [ ... ]

festival para gente sentada
santa maria da feira
24 e 25 de novembro

programa


lisboetas - acert
tondela
29 de novembro 21:30
[ ... ] Ao longo do século XX, Portugal foi uma terra de emigrantes. O país tinha tão pouco para oferecer que quase metade da população activa partiu à procura de melhores salários. [ ... ]

ou tonalidades' o6 - olivetree
bar do cineteatro de estarreja
[ ... ] Evento regional de animação nocturna, a acontecer anualmente durante todo o Outono, com espectáculos ao vivo em bares da região, com epicentro em Águeda. [ ... ]

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último dia...

iguana ending

... para ver a exposição IGUANA no museu munícipal de oliveira de frades ...

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7.11.04 > 7.11.06

mofo 2

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hot spot *

1000 olhos

O Mofo chegou ao algarve. Está à venda na loja - referência 1000 olhos em Aljezur.
@ http://www.1000olhos.pt

* hot spot
n 1: a place of political unrest and potential violence; "the United States cannot police all of the world's hot spots" [syn: hotspot] 2: a point of intense heat or radiation [syn: hotspot] 3: a lively entertainment spot [syn: hotspot]

WordNet ® 2.0, © 2003 Princeton University

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friends

anathema

* Anathema, do autor português José Luis Peixoto vai ser apresentado na Culturgest nos dias 5, 6, 7 e 8 de Novembro. Este espectáculo da companhia belga tg STAN conta com a participação do actor português Tiago Rodrigues, como actor e co-criador. [ http://www.stan.be/stan.php?lang=en&page=anathema⊂=introduction ] via Tiago Rodrigues

agostinho

* Comemorações do Centenário de Agostinho da Silva. [ http://www.agostinhodasilva.pt/ ] via David Evans

maionese design

* MAIONESE, QUE DESIGN ! [ http://www.maionesedesign.net/ ] via Fernando Faleiro

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PDF

Aqui está. 'A' mofo saiu na Studiobox 11. ( http://www.revistastudiobox.com/ )

mofo studiobox

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Delicatessen

" Qualquer coisa passem no Mercado Negro " lê-se na porta de vidro da Navio de Espelhos. Foi o que fizemos. Eu e o João. As minhas referências, poucas, eram os Galitos, um 'clube - fachada' virado para o canal da ria. Bilhar, cartas, sofás, café e cigarros ( para os fumadores ) ocupavam o último andar de um edifício sem nada de especial mas carregado de memórias e mofo.
O João que já lá tinha estado, há pouco tempo, conhecia as entradas dis(se)cretas do MN. Na rua, o normal. Aveiro, azulejos, uma arquitectura eficaz e despretenciosa antecipavam um lugar raro com um ambiente cinematográfico invulgar. O cheiro a borracha 'Pirelli' remete-nos para uma ideia de prótese da memória. O lugar é assim, espectacular e surpreendente.

O Mofo está (?) à venda desde hoje, ontem, no Mercado. Negro.

+ info
http://mercadonegro-aveiro.blogspot.com/

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mofo world

mofo worldwide

nos últimos meses, 479 visitas ao blog vieram daqui: da europa, do brasil e dos EEUU principalmente. também registamos visitantes da malásia e da coreia, por acaso. a partir de agora apostamos nas visitas cada vez mais regulares de oliveira de frades, uppsala e malange ( via china ).

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MM

CONCURSO
MICROFILME MOFO


»» TEMA ««
A Noite


»» PARTICIPAÇÃO ««
O concurso já está aberto. O prazo de entrega termina a 18 de Dezembro (2ª Feira). Os filmes deverão ter no máximo 5 minutos de duração e 30Mb de tamanho e deverão ser entregues num dos seguintes formatos: MOV, SWF ou MPEG.

Podes enviar os filmes que quiseres.


»» O TEU MICROFILME ««
Os MICROFILMES deverão ser originais, isto é: não poderão ser copiados, no todo ou em parte de nenhuma obra sujeita a direitos de autor; não poderão violar qualquer direito de autor, marca registada, ou outro direito de propriedade de qualquer pessoa ou entidade; serão da tua propriedade/autoria.
Os microfilmes serão devolvidos.



»» CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ««
Criatividade
Originalidade
Clareza Técnica
Abordagem ao tema
Facilidade em abrir o ficheiro



»» PRÉMIOS ««
Kit Mofo ( pacote com 3 mofos ) + jantar no dia do lançamento.


»» BANDA SONORA ««
Podem incluir no microfilme música, excertos de músicas ou sons de qualquer tipo.


+ info contactar »»»»» Mofo Magazine »»»»» mofomag@sapo.pt

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Sondagem

" A Mofo Magazine lançou um concurso de ideias, o qual, a meu ver, não tem a pretensão de interferir ou influenciar o exercício conceptual desenvolvido até agora na recuperação e preservação do património. A presente proposta tem como principal intenção a reutilização do lote e edifício da antiga Pensão Avenida e reformulação da rua adjacente a este. "

António José in Mofo # 01


Desde que pensámos no tema "Pensão Avenida" passou pouco tempo para que ela fosse posta à venda. E agora ?
Free polls from Pollhost.com



Este conjunto de propostas integra a revista Mofo n01. Continua à venda, a revista, na Papelaria Albuquerque e no Museu Municipal.

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O céu de Outubro

As primeiras horas das noites deste mês constituem os momentos derradeiros para se observar a Pensão Avenida ( tema do número 1 do magazine Mofo ). Na acta nº 17 / 2006 da Câmara Municipal pode ler-se o seguinte:

pa

" Presente a informação nº 24 / 2006 do Chefe de Divisão de Obras relativa ao pedido de informação prévia para a construção de um edifício de habitação, comércio e serviços, na rua Dr Lino dos Santos em Oliveira de Frades ... "

" Vislumbra-se da proposta a demolição total do edifício existente. ... "

" A requerente propõe a construção de um edifício com duas alas, sendo a primeira sensivelmente onde se encontra o edifício actual e a segunda mais a poente e a confinar mais com a casa do Dr José Alexandre e edifício das Finanças ... "

" Na essência, o conceito que é sugerido parece adequado ... "

" De acordo com os dados fornecidos pela requerente, podemos concluir o seguinte: área do terreno: 1 067 m2, área total de construção: 550 x 4 = 2200 m2, sendo a ala A-306 m2 e ala B 249 m2, cércea : 4 pisos nas duas alas "

" Tendo em consideração o artigo 28º do Regulamento do PDM obtemos os seguintes parametros urbanísticos - Índice de utilização máximo: 1.0 ... Cércea máxima: 4 pisos. "

" Neste caso concreto se aplicarmos o índice de construção aplicada ao lote ( 1 067 m2 ) obtemos um valor de 2.10 que não está de acordo com o artigo 28º do Regulamento do PDM. "

in Acta de 8 de Setembro disponível no site da Câmara Municipal de Oliveira de Frades

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Mofo em Lisboa

O mais recente ponto de venda do Mofo é a Fabrica Features (Benetton) na Rua Garrett, 83 - 4º Piso.

adress
o-i-r

Jazzem' Tondela

jazz

4 a 7 de Outubro '06
Jazzin' Tondela
3º Festival de Jazz ACERT


5 de outubro
Westbrook Trio

Um dos mais criativos, experimentais e ousados compositores de jazz Britânicos, num concerto

que reflecte mais de quarenta anos da mais intensa e marcante actividade de compositor e instrumentista

Liderou e compôs, desde o início dos anos 60, para uma série de Big Bands e pequenas formações. Teve imensas digressões por toda a Europa e o pelo Mundo e editou mais de 40 álbuns.
As suas principais composições para orquestras de jazz incluem “Citadel/Room 315” com John Surman, “On Duke’s Birthday” dedicada à memória de Duke Ellington, “Big Band Rossini” e “Chanson Irresponsable”, integrando músicos de jazz com músicos clássicos, na New Westbrook Orchestra.
Recebeu, em 1988, o Prémio OBE (Ordem do Império Britânico). Em 2004, foi Doutorado Honoris Causa em Música pela Universidade de Plymouth.
Em colaboração com a sua mulher, Kate Westbrook, criou uma grande série de jazz/cabaret e peças teatro-musicais.
Os álbums de Mike Westbrook’s para a “ENJA Records” incluem: “Bar Utopia”, uma big-band de cabaret com letras de Helen Simpson; “The Orchestra of Smith’s Academy”, gravado ao vivo pela Mike Westbrook Orchestra e Steve Martland Band; um tributo aos Beatles, “Off Abbey Road”; “Glad Day settings of William Blake” cantado por Phil Minton e Kate Westbrook com a participação de Mike Westbrook Brass Band.

“Quer escreva para um trio ou para uma orquestra de 20 elementos, o estilo Westbrook é inconfundível. Ele combina os instrumentos de forma única, molda as formas convencionais do jazz para novas e surpreendentes criações sempre com um toque de humor e ironia.”
The Observer

Mike Westbrook: piano
Kate Westbrook: voz
Chris Biscoe: saxofone

Carlos Bica

O grande contrabaixista português apresenta-se neste Festival de forma original, tendo como convidado o guitarrista Mário Delgado. Uma forma de partilha muito especial, já que marca um reencontro, após quase vinte anos, no mesmo palco.

Carlos Bica é um dos músicos portugueses que alcançou maior projecção internacional, tendo-se tornado uma referência no panorama do Jazz europeu. Entre os vários projectos musicais que lidera, o seu trio AZUL, tornou-se na imagem de marca do contrabaixista e compositor.
Quando fala da música de Carlos Bica a crítica costuma salientar a forma como nela se interpenetram referências de diferentes universos, da música erudita contemporânea à folk, ao rock, ao jazz, às músicas improvisadas.
Participou em inúmeros festivais de Jazz internacionais em colaboração com importantes nomes do jazz nacional e internacional.
“SINGLE” (Bor Land), é o primeiro álbum de contrabaixo solo de Carlos Bica, onde músico e instrumento se encontram a sós e onde Bica revela o seu lado musical mais íntimo. Na digressão que fez em Portugal, decidiu ter como convidados alguns dos seus amigos e músicos favoritos, tais como: João Paulo Esteves da Silva, Jesse Chandler, Sam the Kid, Kalaf, Alexandre Soares, Jorge Coelho, DJ Il Vibe, Matthias Schubert, Kalle Kalima e Ana Brandão.
Um momento excitante para os músicos e para o público. O talento dos intérpretes, a beleza das composições de Carlos Bica, são disso garantia.

Carlos Bica: Contrabaixo
Mário Delgado: Guitarras

mais:
http://www.acert.pt/jazzintondela2006/downloads.html
http://www.carlosbica.com/index2.html

IGUANA *

big horn


Stencil
, vem do termo francês relacionado com as artes decorativas estenceler, que deriva da palavra latina scintilla que significa centelha, faísca, brilho.

Este processo de impressão-corte interior de formas ou tipografia desenhadas numa superfície rija, onde é aplicada a tinta sobre os mais variados suportes é praticado desde há milénios por várias civilizações e povos que desenvolveram apurados designs decorativos.
Da China ao Egipto, da época carolíngea à Grécia, dos mandalas budistas às manisfesções artísticas de tribos indígenas e, recentemente no século XX, com a produção de cartazes de prpaganda política na Revolução Bolchevique, ou as marcações de território de partidos políticos europeus nos anos 40 e 50, as bases desta técnica permanecem imutáveis.

Pelos anos 70, esta "impressora móvel" de baixo custo, conquistou a rua para outros fins que não o decorativo, informativo ou panfletário.
A rebelião espalhou-se nas paredes e muros urbanos, popularizou-se, sob a forma de slogans politizados ou desenhos sintéticos de líderes ou mártires, como o Sandino na revolução sandinista da Nicarágua, ou ainda com o colectivo de artistas plásticos mexicano Grupo Suma, que produzia murais poderosos sobre os conflitos e desigualdades sociais. [ ... ]

* Pedro Simões, Setembro 2006

Referências
http://www.stencilpirates.org
http://efemera.no.sapo.pt/

Mofo no Museu II

cartaziguanaPXO

+ http://efemera.no.sapo.pt/

Pedro Simões é o ilustre - ilustrador da fotonovela ( com Elsa Barros ) TABACARIA no Mofo número 2

IMAGO. O teu fígado agradecerá.

imago

"Praticamente todos os sítios listados poderão improvisar uma refeição vegetariana no momento. Vários deles dispôem dos "clássicos" vegetarianos portugueses, como a Omolete de Queijo e a Salada Mista. Os fritos são, regra geral, confeccionados com óleo vegetal, e as sopas não costumam levar "caldos" em cubo.

Para veganos, e além da já referida capacidade de improvisação e adaptação dos "chefs" locais, recomendamos a Churrasqueira (irónico, não é?) "As Tílias", que dispôem, para lá do seu menu "normal", de um menú macrobiótico 100% vegano e muito saboroso, incluindo tofu, seitan e demais especialidades. Recomendamos esta opção para os vegetarianos, para que não passem a semana toda a comer omoletes. O teu fígado agradecerá."


in
http://www.imagofilmfest.com

Mofo no Museu _ Outono 2006

IGUANA
stencils em tela

30 SET / 15 NOV / 06
MUSEU MUNICIPAL DE OLIVEIRA DE FRADES
TERÇA A DOMINGO
09:00 - 12:30 / 14:00 - 17:30

1000 folhas

(...) Agora os alfarrabistas são net-encontráveis, sou cliente, mando vir, há-os excelentes, baratos, eficazes, rápidos. Mas falta-lhes o cheiro atrofiado dos livros velhos, a poeira, o mofo, aquela insalubridade que fazia com que a minha mãe aqui em casa proibisse livros em segunda mão, (...)

jorge silva melo no mil folhas de hoje

EN 16 *

Jack Kerouac escreveu On the road, em 21 dias, num rolo de papel para telex. Na ressaca da 2ª Guerra Mundial e de duas bombas atómicas, esta obra mostra uma América alucinada sob o efeito do jazz, das letras e das drogas. The Roll, o manuscrito de On the road, ainda existe. Foi escrito sem parágrafos, sem margens e espaçamento simples. Em 2004, começou uma viagem de 4 anos por museus e bibliotecas americanas. De Janeiro a Março de 2006, aproximadamente 35 metros de papel estiveram expostos na Biblioteca Pública de São Francisco (SF).
O início dos anos 50 foi uma época que marcou o nascimento de uma nova América e de uma nova consciência Americana. Foi a oportunidade para alguns escaparem ao conformismo conservador de um país estável e sem grandes sobressaltos. Jovens artistas e escritores, sonhadores e vagabundos inauguraram viagens à boleia de costa a costa, revelando a cada passo um país, até então, off the road.

“No mês de Julho de 1947, tendo economizado cinquenta dólares dos meus subsídios de veterano, estava pronto para partir em direcção à Costa Oeste.
O meu amigo Remi Boncoeur escrevera-me uma carta de São Francisco a dizer que devia ir ter com ele para nos engajarmos num paquete que dava a volta ao mundo.” (1)

São Francisco foi o fim da linha e o destino destes jovens inovadores e radicais que encontraram nesta cidade a liberdade intelectual que caracterizava o seu pensamento.
O skyline de SF tinha, e ainda tem, para quem chega de mochila às costas a capacidade de ilustrar uma América diferente, que pertence simultaneamente ao mundo dos homens e da natureza. À medida que nos aproximamos dela, os edifícios revelam a procura da cidade pela sua identidade. Mas, mais que os edifícios do centro financeiro, as pontes ( a Golden Gate e a Bay Bridge ), foram muito além das conhecidas até à data, em tamanho, em engenharia, em força e em beleza. A luz, reflectida na água da baía, transforma SF numa cidade mediterrânica como Nápoles ou Tunes. As paredes e os tectos das casas vitorianas aparecem-nos com uma luminosidade intensa semelhante à que encontramos em Lisboa.
A publicação de 1000 exemplares do poema Howl de Allen Ginsberg no Outono de 1956 introduz, na forma impressa, o pensamento livre, numa América estagnada e autoritária que acusará Ginsberg e a sua editora City Lights de obscenidade.

“It is not the poet but what he observes which is revealed as obscene. The great obscene wastes of Howl are the sad wastes of the mechanized world, lost among atom bombs and insane nationalisms.” (2)

Esta nova cultura que procurava ser inequivocamente livre, tem como suporte alguns magazines anarquistas que surgem em North Beach, o bairro-italiano-anti-Mussolini de SF. Aqui, surgem associações literárias, clubes de jazz e poesia e é onde a Six Gallery projecta a Beat Generation na América, em Outubro de 1955. Enquanto os amigos apresentavam os seus poemas, Kerouac oferecia copos de vinho à assistência.
A City Lights Bookstore foi fundada, neste bairro, em 1953. Lawrence Ferlinghetti encontrou nesta cidade alguma coisa que a destacava da restante América. Para ele SF era uma ilha de liberdade e diversidade cultural. Com $500 comprou uma participação na City Lights e, com Peter D. Martin, começou aquela que viria a ser a primeira livraria americana a vender livros de bolso (paperback) divulgando os clássicos da literatura moderna fora do mainstream e textos de políticos progressistas. O nome da livraria tem como suporte o filme de Chaplin, no qual o Little Man era o símbolo subjectivo do homem contra o mundo. O magazine City Lights, uma pequena revista de cultura pop, ocupou o 2º andar ao lado dos escritórios da editora.
Um ano depois da abertura da livraria, Martin parte para NY e Shigeyoshi Murao torna-se administrador e proprietário com Ferlinghetti. Em 1955, seguindo uma tradição da Costa Este e especialmente da Europa, a City Lights começa a publicar os seus livros sem qualquer apoio federal. Os seus editores, numa tradição anarquista/surrealista, queriam-no assim.
Howl, o poema que mudou a América, foi publicado há 50 anos nesta editora e tornou-se numa referência para uma geração de artistas que desembarcava em SF. Hoje,esta livraria, é tida como a residência espiritual dos escritores Beat que chocaram a América de Eisenhower e abriram caminho ao Rock n’ Roll e à revolução vivida nos anos 60.
Descendo a Columbus, depois da Jack Kerouac entramos no Vesúvio. Um café com mofo, com uma densidade rara na atmosfera que revela o universo literário e boémio de SF dos anos 50. É ali o lugar da nossa América e a de Bob Dylan, Tom Waits e, claro, dos Beatniks.
Foi, durante anos, o mais popular ponto de encontro de North Beach. A ideia de Henri Lenoir, em 1949, foi a de criar um ambiente não-burguês, através das pinturas avant garde colocadas nas paredes, e, assim, atrair os talentos mais criativos da cidade.
Este café amplia o espectro de referências literárias relacionadas com a City Lights e foi ali que, apesar dos $5 pelo copo de Chardonay, deixámos um exemplar do Mofo. Nada teve a ver com o bookcrossing. Ficou lá, muito provavelmente nunca mais ouviremos falar dele…

No entanto, na América consumista de hoje, muito pior do que a de Eisenhower, ainda não encontrámos o paradeiro do livro de Paul Auster, deixado há uns meses atrás na Flor do Loendro.

Referências

Kerouac, Jack (1998) Pela Estrada Fora. Relógio d’ Água Editores: Lisboa (1)
L Ferlinghetti in SF Chronicle defendendo Howl, em Maio de 1957 (2)
Kerouac, Jack (1999) Big Sur. Relógio d’ Água Editores: Lisboa
Morgan, Bill (2003) The Beat Generation in San Francisco. City Lights Books: San Francisco
Monteiro, Manuel Hermínio (2004) Urzes. O Independente: Lisboa
Jack Kerouac, the official website (artigo online). URL: http://www.jackkerouac.com/

* texto escrito por P.S.:DL para o Mofo 2

Books & etc

Man Booker Prize for Fiction Shortlist announced

…os dois tomates ‘brandywine’ amadureceram. no sargaçal.

look the book. ciclo de cinema. mercado negro. aveiro.

EM PAZ. Trigo Limpo teatro ACERT, Estreia a sua 70ª produção. Tondela. Teatro de Rua.

Francisco José Viegas na Livraria da Praça.

A Criança,
Jean-Pierre e Luc Dardenne, L’enfant, França e Bélgica, 2005, 95’. No Cineclube de Viseu. 19 do 9.



3 horas de Tom Waits

" Alegria, ó fãs da música que faz do lixo o seu púlpito e do whisky a pauta onde o absurdo do mundo fica traçado a negro: está de volta Tom Waits, poeta das ruas, recolector de instrumentos medievais, eremita que reconstrói o cancioneiro americano de acordo com a disponibilidade dos seus demónios. Waits não vem de barba feita e com um disco novo debaixo do braço. Não, melhor ainda, vem com cheiro a mofo. [...] "

Y, 25 I Agosto I 2006

Tom Waits. Orphans [Anti]
Tom Waits asks you to embrace his orphans

Tom Waits 30 years ago ( Mike Douglas Show 1976 ) *****


I love Mofo

m4

video disponível aqui :

http://www.rtp.pt/wportal/sites/tv/marcelo/
http://www.real.com/


  • IGUANA _ uma exposição com mofo
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