mofo

mofo is having a massage [ mofo is getting a massage and will return soon ]


mofo magazine : : : 02 [ directorio ]

O magazine semestral Mofo apresenta o tema central para o segundo número: a Oficina de Encadernação. Daqui à Biblioteca seguimos uma linha com alguns apeadeiros. Ap 1: o Papel. Ap 2: as Letras. Ap 3: o Texto. Ap 4: os Escritores.
Teremos seguramente mais páginas, com entrevistas, textos e um concurso tipográfico.
A partir de agora iremos incluir na sequência de posts, alguns - mofo magazine : : : 02 [ dir ] - relacionados com a temática deste número.
Estão lançadas algumas pistas, aguardamos sugestões e ... colaborações.

Lançamento da Studiobox 08

ACT
S. PEDRO DO SUL
SÁBADO 25 FEVEREIRO : : : : 22 : 30
COM RICARDO OLIVEIRA E NUNO NOBRE

studio box 8

+ www.revistastudiobox.com

Broken Flowers

Programa

Reciprocidades

Ainda a propósito do primeiro número da Mofo, destacamos e agradecemos este post no blogue os dias assim da Ana de Vouzela:

No final do ano passado foi lançado em Oliveira de Frades o magazine MOFO. Terá uma publicação semestral e em cada edição será abordado um tema especifico.O Nº1 tem como tema as "Pensões" com destaque para a Pensão Avenida em Oliveira de Frades. Gostei bastante desta primeira edição.Todas as informações no blog
MOFO.

A revista ATLÂNTICO, defensora do inconformismo contra a cultura dominante e o politicamente correcto, publica no número de Dezembro uma reportagem (Cidade Branca) da autoria de Hugo Gonçalves sobre a cidade de Lisboa. A ler devagar aqui:

Mesmo com a chegada dos imigrantes na última década, Lisboa tem menos população do que há quarenta anos. É uma cidade que pretende ser europeia, global, mas que ainda se sente estrangulada pelo passado. Durante alguns dias, Hugo Gonçalves viveu nas pensões do Rossio e conta como bate o coração da capital .

O mais recente ponto de venda ...

DIVULGAR [actualização]

O Magazine Outsider está à venda em Oliveira de Frades [ Papelaria Albuquerque (50), Museu Municipal (20) ], Vouzela [Papelaria Nova (10) ], São Pedro do Sul [ Papelaria Vouga (10) ] e em Viseu na Livraria da Praça (10). A partir de hoje, também em Aveiro [ Livraria Navio de Espelhos (10) ] e no Porto [ Espaço 555 (3) ].

Enviamos para todo o lado, mandem-nos a morada via e-mail.


Nota: entre parêntesis curvos estão as quantidades de magazines depositados em cada ponto de venda, se por acaso estiverem todos (ou quase) vendidos avisem-nos. Gracias.

O ESPAÇ0 555 ...

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…é um local em construção, que está a ser recuperado pela recém-formada associação Concepções s/ Pecado com o intuito de o transformar numa ZAP [zona autónoma permanente]: um local de convívio fora do tempo, do espaço, & de outras limitações institucionais, dotado de uma diversidade de recursos.
Pretende-se que estes recursos incluam galeria, cafetaria/biblioteca, videoteca, laboratório media, postos de livre acesso à internet, ponto de bookcrossing & de distribuição de demos & zines, assim como a cedência de espaço para o desenvolvimento de projectos artísticos & para a realização de acções de formação em geral.
Se quiseres propor exposições, workshops ou algum outro tipo de eventos / actividades, ou participar de algum modo neste projecto, não hesites em contactar-nos através do e-mail almada555@gmail.com ou – melhor ainda – dá um saltinho na R. do Almada, nº555, no Porto.
As Concepções s/ Pecado são uma associação juvenil sem fins lucrativos, pelo que agradecemos todo e qualquer apoio da tua parte: o futuro deste projecto também depende de ti. Rumba?

http://555.weblog.com.pt

As Cinzas de Pasolini

MOFO “Eu sou uma mentira que diz a verdade” *

«A ideia embrionária de criar este Magazine com o nome MOFO surgiu há uns anos em “conversa de café”».

Eis então que me surge a imagem de que os tempos bem podem retroceder e as gentes do café, por exemplo, o da Brasileira, em Lisboa, emergem sob as figuras de personalidades histórico-literárias tais como Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Mário de Sá Carneiro, Sara Afonso, etc., etc. … e isto a título de um exemplo isolado, muitos outros emergirão na memória. Mas já que se comemora 35 anos da morte de Almada Negreiros façamos-lhe justiça e lembremo-nos que “As palavras querem estar no seu lugar”, como o Mestre afirmou.
Neste Magazine as palavras têm efectivamente o seu lugar… as palavras e não só… a história e as suas gentes, a fotografia, a arquitectura; enfim, as artes em todas suas esferas de representatividade… Habemus MOFO!

Para já MOFO é uma constatação, é um projecto real e efectivo, integrado num país, desculpai-me a frontalidade crítica e erroneamente cruel (isto para quem o achar), um país que muitas vezes cheira a MOFO. Mofo é portanto um magazine Outsider (como se intitula) que ironicamente, mas não de maneira alguma, encerra uma intenção/pretensão de representatividade de tudo o que é sensorialmente considerado Mofo. Mofo é, portanto, uma designação contrária, antitética, se assim a quisermos chamar, de forma a suscitar ao leitor uma atitude de interpelação. Mas qual é a espécime de um projecto como o Mofo? Convenientemente recorro às palavras de Jean Cocteau:
“Eu sou uma mentira que diz a verdade” - “ Eu (MOFO, entenda-se) a mentira (designação nominal) que diz a verdade (a verdadeira intenção do magazine)”. E quanto ao nome acho que ficamos esclarecidos.

Por outro lado, surge a questão que se coaduna com a pertinência editorial de uma revista deste género, sobretudo porque sediada numa região do interior, e com isto quero dizer, uma região periférica, pois já Almeida Garrett dizia “Lisboa é Portugal e o resto é paisagem”. A esta interpelação (não despropositada) respondo com outra, a título de provocação? Não se fala tanto em descentralização, como um mecanismo e medida para um maior e efectivo desenvolvimento do país? Pois é: quer queiramos ou não, uma descentralização política não é em nada suficiente… o desenvolvimento e evolução (já que esta é uma palavra politicamente moderna), passam obrigatoriamente (e é bom que tenhamos consciência disso) pela cultura, pelo apoio a iniciativas deste género, pela conservação do nosso património regional / nacional. Segundo este prisma, ainda bem que o MOFO Magazine Outsider radica em Oliveira de Frades e é concebido por cidadãos deste país, mas também por conterrâneos desta terra.

Ora o facto de ser um magazine de Oliveira de Frades, a localização geográfica reflectir-se-á nas temáticas abordadas, mas a elas não me parece que se vá circunscrever. Neste sentido, este número principiou com uma interessante abordagem à Pensão Avenida, património deste concelho (e não só), local que efectivamente pertence quase ao nosso imaginário, dado a história encerrada nestas quatro paredes, dado ao quase misticismo e/ou mística que este espaço carrega e transporta. Estas componentes, quase intrínsecas, encontram-se aqui (no MOFO MAGAZINE) expressivamente retratadas, ou se quisermos ser mais correctos, figuradas. Estou-me, então, a referir à pouco convencional entrevista ao Fernando Laranjeira, actual proprietário da Pensão Avenida, ao concurso Mofo Arquitectura, que se coaduna com uma consciencialização das … e passo a citar: (…) carências ao nível turístico, cultural, comercial, social e de lazer em Oliveira de Frades e o claro desajuste funcional da Rua Dr. Lino dos Santos (...)
Bem claras são estas palavras e bem interessante, nesta perspectiva, é o projecto de reutilização do espaço apresentado.
Mas, há pouco, dizia eu que o tema central desta revista – Pensão Avenida – não se circunscreve à Pensão Avenida. Ele estende-se pelo fantástico universo das Pensões, tal como se explica no artigo intitulado “Literatura lateralmente literal”. O termo Pensão (aí se indica) provém do latim pensione, ou seja, “uma casa para pernoitar uma noite… de passagem ou para a vida toda. Este texto é talvez o corpo mais intertextual de todo o magazine. Aqui, fazem-se pertinentes referências às obras de autores como José Rodrigues Miguéis - Léah e outras histórias-, Vergílio Ferreira, na sua obra Aparição, Al Berto, no Lunário, Dostoyevski, Óscar Wilde, António Rebordão Navarro, Luiz Pacheco, Baudelaire, etc., etc.
De facto, o universo das pensões sempre foi profícuo à criação (literária e não só), sendo, muitas vezes, associado a uma certa e talvez forçada clandestinidade… quem é que se não lembra d’ ARelíquia, de Eça de Queirós, e do local onde o Teodorico se exilou quando foi expulso pela Titi; quem é que se não lembra do local onde Mário de Sá Carneiro se suicidou (sem qualquer sentido de morbidade, entenda-se) … sim: num quarto de uma pensão parisiense.
Indubitavelmente, as Pensões são emblemáticas e bem inspiradoras, talvez pela magia e pela recriação de um novo lar, talvez por serem um local por onde passam muitas pessoas – multifacetadas – e, evidentemente, por serem um local onde subsistem as memórias e se sente o Mofo das histórias.
Por fim, mas não no fim, não descuremos a hilariante fotonovela – Pensão Central – inspirada no livro de Miguel Torga. De facto, curiosa foi a interligação da ficção com a realidade. Desenham-se imagens que todos nós conhecemos; há uma história, que sagazmente nos provoca estranheza, e na qual muitos de nós nos poderemos reconhecer como personagens (agora escolham qual delas vos é mais conveniente!) …

Finalizemos, então, com o artigo científico bem metafórico, no sentido em que a dita definição de Mofo, bafio, bolor (ou seja, cheiro característico da humidade e da ausência de renovação de ar), não se restringe à noção científica, mas estende-se às potencialidades literárias, tendencialmente já patenteada no artigo, aquando se fala de “mentalidades com uma deficiente renovação do ar e com um elevado grau de humidade”- eis que surge o MOFO.
Por outro lado, desvela-se igualmente que muitos dos fungos microscópios poderão ser muito úteis: e nomeemos um exemplo bem conveniente para esta altura, devido às horas - o belo roquefort (entre muitos outros queijos), têm bolor, são consequentemente felizes vítimas do Mofo.
Pois muito bem, não se receie o Mofo, sejamos selectivos com o que consideramos objecto de “Mofo”; arregacemos as mangas e coloquemos as mãos na dita arca que cheira a Mofo e falemos de tudo o que nela se poderá encontrar, de forma a arejar as vidas. Eis o que considero (e desculpai-me a ousadia) o que todas as pessoas que não quiserem ser conotadas como MOFOGRANGRENÁRIAS, um belo desafio… estão lançados os dardos e as farpas!

* este texto escrito pela Teresa Machado fez parte da apresentação do Magazine no dia 21 de Dezembro de 2005 no MMOF.


  • IGUANA _ uma exposição com mofo
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