"Que o mofo escondido algures, numa gaveta de um quarto de uma pensão qualquer, seja libertado e revele muitas histórias que despertem o interesse pela literatura." in Mofo#01

Bolor
Augusto Abelaira
"Publicado em 1968, ou seja, pouco tempo antes de o homem de Santa Comba cair da cadeira, Bolor é, desde o título, uma referência hipocrática à situação portuguesa no final da década terrível de 60. O drama ideológico e político nacional foi contudo desviado, neste romance, para esse modelo social permanente que é na sua obra o casal (e o casamento «burguês», como se diria, mais ideológica do que historicamente, à época). É este talvez o nó cego do seu tão peculiar realismo, dividido que está entre a parcelarização analítica que o casal significa e permite e a contraface utópica dos realia fornecida pelo palácio encantado da arte."
Augusto Abelaira
"Publicado em 1968, ou seja, pouco tempo antes de o homem de Santa Comba cair da cadeira, Bolor é, desde o título, uma referência hipocrática à situação portuguesa no final da década terrível de 60. O drama ideológico e político nacional foi contudo desviado, neste romance, para esse modelo social permanente que é na sua obra o casal (e o casamento «burguês», como se diria, mais ideológica do que historicamente, à época). É este talvez o nó cego do seu tão peculiar realismo, dividido que está entre a parcelarização analítica que o casal significa e permite e a contraface utópica dos realia fornecida pelo palácio encantado da arte."
0 Responses to “Literatura Lateralmente Literal (1/7)”