Um emaranhado helenístico de citações (4/7)
0 Comments Published by POP on 29 dezembro 2004 at 02:35.[...] O esquerdismo recuou em boa ordem para a cultura. Aí mantém com o mundo exterior a mesma relação conflitual, de negação e fascínio, que incorporava na política. As piores ideias dos anos 60 envelhecem entre os destroços: as negações enganam-se no alvo, os fascínios são os de ordem política, do terrorismo e da morte. Os frankfurtianos ajudaram a dar este salto, que Marcuse teorizou no seu livro sobre a "dimensão estética".
O poder é o poder e o poder, como dizem todos os dias os nossos jornalistas, é mau. Os anjos (o povo) elegem os demónios (os políticos, os governantes). A democracia é a banalização, o consumo a "nova forma de terror", a liberdade é " um mito que os ricos alimentam para melhor explorar os pobres". Os mesmos jornalistas dão-nos a receita: só a cultura e a arte nos autonomizam desse mundo normalizado e aí podemos viver em paz com a nossa consciência de gente de esquerda cheia de indignações contra os males do mundo. [...]
O poder é o poder e o poder, como dizem todos os dias os nossos jornalistas, é mau. Os anjos (o povo) elegem os demónios (os políticos, os governantes). A democracia é a banalização, o consumo a "nova forma de terror", a liberdade é " um mito que os ricos alimentam para melhor explorar os pobres". Os mesmos jornalistas dão-nos a receita: só a cultura e a arte nos autonomizam desse mundo normalizado e aí podemos viver em paz com a nossa consciência de gente de esquerda cheia de indignações contra os males do mundo. [...]
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